É uma voz. A minha. Mas... diferente. Não sou eu. Não o eu que eu conheço.
Ela é sombria, cautelosa, escolhe as palavras. (Como se estivesse mesmo
falando com alguém!) ... Sente-se nela um certo controle. Ela é contida;
sabe mais do que aparenta, esconde aguma coisa que eu não sei.
Se arrasta... envolve... persuade... e de repente acelera, brincando num
toque de histeria e se vai.
...
O silêncio fica... a voz volta: um flash que piscou. Tudo volta a ser obscuro,
incerto, fragilmente seguro; tal qual estava antes. O único fio a se agarrar
é a voz... mas tudo bem! Ela parece segura. Parece saber o que faz.
Parece ter o controle de tudo... Parece.
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